O MEMORIAL DA NECA MACHADO, é um espaço de preservação da memoria do Amapá, possuimos, dados biograficos de Pioneiros, artistas plasticos, obras de arte, mitos e lendas e orientamos trabalhos academicos> (COBRAMOS PELA ORIENTAÇÃO)Para adquirir FOTOS> contatos>necamachado@hotmail.com
POÇO DO MATO EM 1990
domingo, 28 de novembro de 2010
MULHER
MULHER DO AMAPÁ
Por: Neca Machado
Lá vem ela com seus pés descalços
E a mão cheia de calo
De tanto labutar,
Vem do Poço do Mato, Laguinho, Pacoval, Liberdade, Curiau, Santana, Oiapoque....
De todo lugar.
É ela: a menina, mulher, do cais, da Doca da Fortaleza e da beira-mar
É ela VENINA, Maria das Dores, Isaura, Leopoldina, Geralda, Niná...
Joana, Cunhã, Bebé, Nenê, Mundica, Joaquina, Zulma, Terezinha...
Para um amor, se entregar.
MULHER DO AMAPÁ, é
Corajosa, guerreira, parteira, curandeira, puxadeira, rezadeira...
Que sobe as ladeiras
Sem fraquejar.
Que luta, cansa, e descansa,
Enxuga o suor, sem reclamar.
E todo o dia, acorda e continua a caminhar.
De um lado pro outro, pra lá e pra cá.
SEU NOME É:
MULHER DO AMAPÁ.
Izabel da quitanda do bairro moreno
Geralda da esquina do Poço sereno
Venina da dança, e do requebrado.
Que se entregam ao prazer de uma cultura propagar.
Cunha de mãos benditas, curando mazelas.
Sem deixar seqüelas, em quem se machucou.
Dona Antonina, mulher da fé...
Nina, a Deusa da argila,
Que para o mundo o AMAPÁ revelou,
Criou sua ARTE no barro e na cor,
Seu talento especial nos deixou.
Embevecendo quem suas obras contempla,
E nos faz viajar por suas benditas rendas em uma argila tucuju
MULHER DO AMAPÁ
De doces lembranças
Na face e na esperança
Do aprender e do ensinar.
De prever e de profetizar.
É ela GUITA, da educação.
Da reza, da Santa, e da solidão.
Aracy Mont’Alverne, poetisa, bondosa, do lirismo e da trova.
E na culinária o sabor de uma especialista
com jeito de fada, Tia Bebé da Catedral.
Dos sonhos, dos doces, do tucupi, e da cor do açaí.
Lembrando Caty.
MULHER DO AMAPÁ
Onde está a saudade do olhar de Ester Virgulino
E a dança e a cor de uma negra mais bela, chamada Biló?
Que trás na herança, o nome famoso de Mestre Julião.
com o coração partido por não mais dançar sobre o chão.
Rodando bailados, em saias rendadas,
com cheiro de açucena e manjericão.
Hoje na lembrança e no fundo do coração.
Onde está o olhar e a voz rouca
Da Negra Maciça
Chamando Avhulu?
Fazendo um carinho
No neto de cor de ébano.
E deixando o olhar se perder
Sobre a luz.
Que a seduz...
MULHER DO AMAPÁ.
É coragem, é força, fortaleza, como a secular catedral.
Centenária, na sua ousadia de saber ser MULHER.
E SEMPRE leal,
AO NOME, A FAMILIA, AO AMOR...
Ao jeito de SER TUCUJU.
Na ousadia de saber ser MULHER,
Ser Tereza, Maria, Raimunda, Diquinha...
Negra, mulata, mestiça, franzina, cordata, audaz.
Andaluz, cheia de encanto e Magia.
De sonhos, e esperanças,
Fazendo do clarão do dia,
Sua eterna LUZ.
De pré-nome, nome e sobrenome.
MULHER.
QUE SE ORGULHA DE SER.
A MULHER DO AMAPÁ.
Por: Neca Machado
Lá vem ela com seus pés descalços
E a mão cheia de calo
De tanto labutar,
Vem do Poço do Mato, Laguinho, Pacoval, Liberdade, Curiau, Santana, Oiapoque....
De todo lugar.
É ela: a menina, mulher, do cais, da Doca da Fortaleza e da beira-mar
É ela VENINA, Maria das Dores, Isaura, Leopoldina, Geralda, Niná...
Joana, Cunhã, Bebé, Nenê, Mundica, Joaquina, Zulma, Terezinha...
Para um amor, se entregar.
MULHER DO AMAPÁ, é
Corajosa, guerreira, parteira, curandeira, puxadeira, rezadeira...
Que sobe as ladeiras
Sem fraquejar.
Que luta, cansa, e descansa,
Enxuga o suor, sem reclamar.
E todo o dia, acorda e continua a caminhar.
De um lado pro outro, pra lá e pra cá.
SEU NOME É:
MULHER DO AMAPÁ.
Izabel da quitanda do bairro moreno
Geralda da esquina do Poço sereno
Venina da dança, e do requebrado.
Que se entregam ao prazer de uma cultura propagar.
Cunha de mãos benditas, curando mazelas.
Sem deixar seqüelas, em quem se machucou.
Dona Antonina, mulher da fé...
Nina, a Deusa da argila,
Que para o mundo o AMAPÁ revelou,
Criou sua ARTE no barro e na cor,
Seu talento especial nos deixou.
Embevecendo quem suas obras contempla,
E nos faz viajar por suas benditas rendas em uma argila tucuju
MULHER DO AMAPÁ
De doces lembranças
Na face e na esperança
Do aprender e do ensinar.
De prever e de profetizar.
É ela GUITA, da educação.
Da reza, da Santa, e da solidão.
Aracy Mont’Alverne, poetisa, bondosa, do lirismo e da trova.
E na culinária o sabor de uma especialista
com jeito de fada, Tia Bebé da Catedral.
Dos sonhos, dos doces, do tucupi, e da cor do açaí.
Lembrando Caty.
MULHER DO AMAPÁ
Onde está a saudade do olhar de Ester Virgulino
E a dança e a cor de uma negra mais bela, chamada Biló?
Que trás na herança, o nome famoso de Mestre Julião.
com o coração partido por não mais dançar sobre o chão.
Rodando bailados, em saias rendadas,
com cheiro de açucena e manjericão.
Hoje na lembrança e no fundo do coração.
Onde está o olhar e a voz rouca
Da Negra Maciça
Chamando Avhulu?
Fazendo um carinho
No neto de cor de ébano.
E deixando o olhar se perder
Sobre a luz.
Que a seduz...
MULHER DO AMAPÁ.
É coragem, é força, fortaleza, como a secular catedral.
Centenária, na sua ousadia de saber ser MULHER.
E SEMPRE leal,
AO NOME, A FAMILIA, AO AMOR...
Ao jeito de SER TUCUJU.
Na ousadia de saber ser MULHER,
Ser Tereza, Maria, Raimunda, Diquinha...
Negra, mulata, mestiça, franzina, cordata, audaz.
Andaluz, cheia de encanto e Magia.
De sonhos, e esperanças,
Fazendo do clarão do dia,
Sua eterna LUZ.
De pré-nome, nome e sobrenome.
MULHER.
QUE SE ORGULHA DE SER.
A MULHER DO AMAPÁ.
sábado, 27 de novembro de 2010
MEMORIAL
MEMORIAL POÇO DO MATO
Av. Mãe Luzia, 268 > Laguinho
Macapá-Amapá
necamachado@hotmail.com
No MEMORIAL POÇO DO MATO, MEMORIAL DA NECA, a cultura do Amapá vive e é VALORIZADA
Dados biográficos de PIONEIROS
Biografias de Artistas Plásticos do Amapá
Obras de Arte Amapaense
Literatura do Amapá
Musica do Amapá
Gastronomia
Referencias
É um verdadeiro CENTRO DE TRADIÇÕES DO AMAPÁ
Consultas devem ser agendadas e COBRAMOS PELA ORIENTAÇÃO
FOTOS possuem DIREITO AUTORAIS (TODAS SÃO DA AUTORA)
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
DICA
HOMENAGENS A UMA PIONEIRA AFRO
DICA CONGÓ
Por > Neca Machado
Em > 20.11.2010
Deste torrão nortista foste SENHORA AFRO orgulho de nossa gente.
E do folclore integrante importante.
Oh! Negra de olhos especiais
Na plenitude celeste és uma Estrela a nos iluminar
DICA CONGÓ
De saia rendada
De passos estreitos
Embalada pelo som do Batuque
Nossa Estrela afro.
Mulher libertaria
Guerreira fraterna
Com grito de força
A entoar cantos de nossa gente.
Mãe protetora de nosso Povo carente
De teus afagos
E de teu ardor.
Mestra de tua Comunidade.
Dos céus neste instante ecoa tua voz
Rouca de saudade.
Que os sons dos tambores ressoem
Por todo o Amapá
Para te louvar
Para te bendizer
Em cantorias
O nosso afeto e amor.
DICA CONGÓ
Que a cada bailado
Tua lembrança se eternize
No perfume das açucenas
E que o gosto forte da gengibirra
Permaneça em nossos corações
Como um sinal de tua passagem
Pelas nossas vidas.
E que a fé das ladainhas
Se imortalize na tua presença espiritual.
DICA CONGÓ
O Amapá tem orgulho de tua contribuição, e
Que teus filhos permaneçam altivos e senhores de teu legado.
OBRIGADO
A TODOS que continuam a respeitar a tua Historia.
DICA CONGÓ
Por > Neca Machado
Em > 20.11.2010
Deste torrão nortista foste SENHORA AFRO orgulho de nossa gente.
E do folclore integrante importante.
Oh! Negra de olhos especiais
Na plenitude celeste és uma Estrela a nos iluminar
DICA CONGÓ
De saia rendada
De passos estreitos
Embalada pelo som do Batuque
Nossa Estrela afro.
Mulher libertaria
Guerreira fraterna
Com grito de força
A entoar cantos de nossa gente.
Mãe protetora de nosso Povo carente
De teus afagos
E de teu ardor.
Mestra de tua Comunidade.
Dos céus neste instante ecoa tua voz
Rouca de saudade.
Que os sons dos tambores ressoem
Por todo o Amapá
Para te louvar
Para te bendizer
Em cantorias
O nosso afeto e amor.
DICA CONGÓ
Que a cada bailado
Tua lembrança se eternize
No perfume das açucenas
E que o gosto forte da gengibirra
Permaneça em nossos corações
Como um sinal de tua passagem
Pelas nossas vidas.
E que a fé das ladainhas
Se imortalize na tua presença espiritual.
DICA CONGÓ
O Amapá tem orgulho de tua contribuição, e
Que teus filhos permaneçam altivos e senhores de teu legado.
OBRIGADO
A TODOS que continuam a respeitar a tua Historia.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
LENDAS
OS ENCANTOS DO POÇO DO MATO
A lata de manteiga bem ariada, é instrumento de trabalho de Nega Piedade, rebolando as cadeiras ela desce preguiçosa e com ares de princesa de ébano as ladeiras que circundam o entorno do POÇO DO MATO, cantarola sem letra uma canção indecifrável aos ouvidos dos mortais.
Ela retira com cuidado os cipós que atrapalham seu caminho e segue sorrateira como uma cobra a dar o bote. No lado esquerdo um pedaço de pano no ombro, puído pelo tempo e no braço direito a famosa lata de manteiga que serviria para levar o liquido precioso para os patrões degustarem após a ceia matinal e para ajudar nos afazeres domésticos.
Negra Piedade brilha na sua cor lustrada pelos raios dourados do sol que banham aquela manhã, e ela num misto de magia faz parte de uma aquarela. O POÇO DO MATO tornou-se inatingível, distante, e a negra no viço da idade não percebe, o canto do pássaro é sua companhia, e a caminhada é longa, ela levanta a blusa, mostra seus seios rijos ao sol e enxuga o suor da testa.
Ao abrir os olhos o POÇO DO MATO surge como por encanto a sua frente e suas águas jorram como faíscas prateadas lavando o céu.
Piedade é só alegria, suas companheiras não apareceram e ela agradece por não ter que dividir espaço com ninguém em busca da água. A negra furtiva e exausta da caminhada observa se alguém se aproxima, seu suor é forte nas entranhas, seu cabelo carapinha, e os calos nos pés são esquecidos por um momento e ela se entrega aos sonhos, sentada ao redor do POÇO DO MATO encantado, dos Campos do Laguinho.
O Moço branco de camisa engomada, perfume francês estende-lhe suas mãos, e Piedade não recusa seu convite, levanta assanhada, arruma os cabelos, ensaia seu sorriso mais branco, balança as cadeiras, empina os seios num frenesi e exclama: sou toda sua Sinhô!
O moço ergue-a do solo, levita com ela naquele cenário e Piedade emudece, os pássaros continuam a cantar, as arvores deslizam suavemente ao balançar do vento e a brisa que sopra não a desperta de seu sonho irreal.
O POÇO DO MATO é a única testemunha da Negra Piedade e cúmplice em seu prazer carnal. As horas são intermináveis e preocupam os seus patrões, seus conhecidos e os vizinhos da negra Piedade.
Escurece, a Rasga Mortalha solta seu grito ensurdecedor, o céu tem muitas estrelas, o vento é frio e o Poço do Mato assustador, negra Piedade não voltou, os moleques correm com lamparinas pelo mato, cachorros servem de companhia a procura de negra Piedade, e nem sinal dela. A noticia se espalhou, o seu sumiço é comentado em todas as esquinas, e em todos os bairros, a população que mora na Favela e no Elesbão ficam estarrecidos.
As lavadeiras e as carregadeiras de água junto com as moças virgens são proibidas de irem ao Poço do Mato sozinhas.
Por que?
Negra Piedade foi ENCANTADA no Poço do Mato dos Campos do Laguinho.
“Olha sinhô,
Olha sinhô
No poço do Mato
Essa Negra se encantou...”
A lata de manteiga bem ariada, é instrumento de trabalho de Nega Piedade, rebolando as cadeiras ela desce preguiçosa e com ares de princesa de ébano as ladeiras que circundam o entorno do POÇO DO MATO, cantarola sem letra uma canção indecifrável aos ouvidos dos mortais.
Ela retira com cuidado os cipós que atrapalham seu caminho e segue sorrateira como uma cobra a dar o bote. No lado esquerdo um pedaço de pano no ombro, puído pelo tempo e no braço direito a famosa lata de manteiga que serviria para levar o liquido precioso para os patrões degustarem após a ceia matinal e para ajudar nos afazeres domésticos.
Negra Piedade brilha na sua cor lustrada pelos raios dourados do sol que banham aquela manhã, e ela num misto de magia faz parte de uma aquarela. O POÇO DO MATO tornou-se inatingível, distante, e a negra no viço da idade não percebe, o canto do pássaro é sua companhia, e a caminhada é longa, ela levanta a blusa, mostra seus seios rijos ao sol e enxuga o suor da testa.
Ao abrir os olhos o POÇO DO MATO surge como por encanto a sua frente e suas águas jorram como faíscas prateadas lavando o céu.
Piedade é só alegria, suas companheiras não apareceram e ela agradece por não ter que dividir espaço com ninguém em busca da água. A negra furtiva e exausta da caminhada observa se alguém se aproxima, seu suor é forte nas entranhas, seu cabelo carapinha, e os calos nos pés são esquecidos por um momento e ela se entrega aos sonhos, sentada ao redor do POÇO DO MATO encantado, dos Campos do Laguinho.
O Moço branco de camisa engomada, perfume francês estende-lhe suas mãos, e Piedade não recusa seu convite, levanta assanhada, arruma os cabelos, ensaia seu sorriso mais branco, balança as cadeiras, empina os seios num frenesi e exclama: sou toda sua Sinhô!
O moço ergue-a do solo, levita com ela naquele cenário e Piedade emudece, os pássaros continuam a cantar, as arvores deslizam suavemente ao balançar do vento e a brisa que sopra não a desperta de seu sonho irreal.
O POÇO DO MATO é a única testemunha da Negra Piedade e cúmplice em seu prazer carnal. As horas são intermináveis e preocupam os seus patrões, seus conhecidos e os vizinhos da negra Piedade.
Escurece, a Rasga Mortalha solta seu grito ensurdecedor, o céu tem muitas estrelas, o vento é frio e o Poço do Mato assustador, negra Piedade não voltou, os moleques correm com lamparinas pelo mato, cachorros servem de companhia a procura de negra Piedade, e nem sinal dela. A noticia se espalhou, o seu sumiço é comentado em todas as esquinas, e em todos os bairros, a população que mora na Favela e no Elesbão ficam estarrecidos.
As lavadeiras e as carregadeiras de água junto com as moças virgens são proibidas de irem ao Poço do Mato sozinhas.
Por que?
Negra Piedade foi ENCANTADA no Poço do Mato dos Campos do Laguinho.
“Olha sinhô,
Olha sinhô
No poço do Mato
Essa Negra se encantou...”
TRIBUTO
(Memorial Poço do Mato, acervo Neca Machado)
TRIBUTO A PEROLA NEGRA
PIEDADE VIDEIRA
O Batuque que pulsa no olha dessa Negra.
É um batuque de sedução
O batuque que pulsa no olhar
É PIEDADE,
Piedade Senhor!
Peço remissão.
O batuque é raiz de uma raça contida
Que ela trás serena no olhar.
Peço PIEDADE por meus pecados
Piedade Senhor,
Piedade Senhor...
O Batuque vem de lá.
O batuque vem de lá
Vem de tão longe,
Vem de alem mar.
E as águas num vai e vem
Mar acima, MAR ABAIXO...
Trouxe esta negra
De tão longe, só pra nos encantar.
E eu volto a pedir Piedade,
Piedade Senhor,
Piedade Senhor,
E eu volto a pedir
Piedade,
Piedade SENHOR,
Piedade Senhor....
Pra onde tu vais rapaz
Por este caminho sozinho
Vou fazer minha morada
Lá nos campos do Laguinho...
TRIBUTO A PEROLA NEGRA
PIEDADE VIDEIRA
O Batuque que pulsa no olha dessa Negra.
É um batuque de sedução
O batuque que pulsa no olhar
É PIEDADE,
Piedade Senhor!
Peço remissão.
O batuque é raiz de uma raça contida
Que ela trás serena no olhar.
Peço PIEDADE por meus pecados
Piedade Senhor,
Piedade Senhor...
O Batuque vem de lá.
O batuque vem de lá
Vem de tão longe,
Vem de alem mar.
E as águas num vai e vem
Mar acima, MAR ABAIXO...
Trouxe esta negra
De tão longe, só pra nos encantar.
E eu volto a pedir Piedade,
Piedade Senhor,
Piedade Senhor,
E eu volto a pedir
Piedade,
Piedade SENHOR,
Piedade Senhor....
Pra onde tu vais rapaz
Por este caminho sozinho
Vou fazer minha morada
Lá nos campos do Laguinho...
SAMBA
POÇO DO MATO – SAMBA ENREDO
MOCIDADE INDEPENDENTE JARDIM FELICIDADE – CARNAVAL 2007.
“AGUAS LAGUINENSES QUE BANHARAM MEU CORPO E SACIARAM MINHA SEDE”
Compositor: CARLOS PIRÚ
Lalalaia Laia vai Mocidade.
POÇO DO MATO, é Laguinho, é historia,
Enredo que balança minha escola!
Século passado
Amapá Território Federal
Vida nova para o povo
Era preciso sanear a capital.
Lá no Laguinho rufa o tambor
Água brota desse chão
Se constrói o POÇO DO MATO,
Obra de divina inspiração
Desbrava a rua encanador
E o progresso vem pela tubulação.
Água encanada chegou, deixa jorrar.
Banhar meu corpo, vem minha sede saciar.
Água encanada chegou deixa jorrar
É festa e alegria está no ar.
Ah! POÇO DO MATO a tua existência
Se confunde com o Laguinho
Era lá que os meninos passarinhavam
E despertavam a imaginação,
Misticismo, contos e estórias.
Agora é só recordação,
Com arte, perseverança e fé.
Te tornaram imortal
Na musica e poesia.
E num singular MEMORIAL.
MOCIDADE INDEPENDENTE JARDIM FELICIDADE – CARNAVAL 2007.
“AGUAS LAGUINENSES QUE BANHARAM MEU CORPO E SACIARAM MINHA SEDE”
Compositor: CARLOS PIRÚ
Lalalaia Laia vai Mocidade.
POÇO DO MATO, é Laguinho, é historia,
Enredo que balança minha escola!
Século passado
Amapá Território Federal
Vida nova para o povo
Era preciso sanear a capital.
Lá no Laguinho rufa o tambor
Água brota desse chão
Se constrói o POÇO DO MATO,
Obra de divina inspiração
Desbrava a rua encanador
E o progresso vem pela tubulação.
Água encanada chegou, deixa jorrar.
Banhar meu corpo, vem minha sede saciar.
Água encanada chegou deixa jorrar
É festa e alegria está no ar.
Ah! POÇO DO MATO a tua existência
Se confunde com o Laguinho
Era lá que os meninos passarinhavam
E despertavam a imaginação,
Misticismo, contos e estórias.
Agora é só recordação,
Com arte, perseverança e fé.
Te tornaram imortal
Na musica e poesia.
E num singular MEMORIAL.
POESIAS
TRIBUTO AO POÇO DO MATO
I
Das entranhas da mata
Sangra tua vida, brota da Terra.
O suor de tua alma.
Oh! POÇO DO MATO
Mata minha sede
Mata os olhares de Negros piedosos,
E lava a alma e a pele
Dos pescadores,
Do Igarapé das Mulheres descalças
Desnudas e sofridas.
Oh! Meu POÇO DO MATO,
Banha seus pés,
A eles que se rendem
As suas dores.
Mulheres negras com potes
Em cabeças sofridas,
Es tu oh! POÇO DO MATO.
Acalanto e encanto
Para suas vidas.
I
Das entranhas da mata
Sangra tua vida, brota da Terra.
O suor de tua alma.
Oh! POÇO DO MATO
Mata minha sede
Mata os olhares de Negros piedosos,
E lava a alma e a pele
Dos pescadores,
Do Igarapé das Mulheres descalças
Desnudas e sofridas.
Oh! Meu POÇO DO MATO,
Banha seus pés,
A eles que se rendem
As suas dores.
Mulheres negras com potes
Em cabeças sofridas,
Es tu oh! POÇO DO MATO.
Acalanto e encanto
Para suas vidas.
LIVRO
MITOLOGIA AMAPAENSE
Estórias recontadas por Neca Machado
Mitologia Amapaense é uma coletânea de conversas com PIONEIROS residentes no Estado do Amapá, recolhidas ao longo de mais de vinte anos, onde aprendemos somente a escutar estórias, que fizeram parte de nossa infância, vividas no bairro do Laguinho, reduto de manifestações culturais expressivas, misturando lembranças de uma geração em que a importância das historias contadas por minha avó Dona Leopoldina Machado perpetuou dentro de mim, um sentimento de bairrismo com nossa raiz afrodescendente para dividirmos com as futuras gerações que não conhecem a historia do Amapá.
Tomamos um amor especial por um tema onde o POÇO DO MATO, é central, ele fica localizado no coração do bairro do Laguinho, no meio da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, no centro da cidade de Macapá, entre as ruas: General Rondon e São José, e foi declarado Monumento de interesse cultural do Estado do Amapá, através do Projeto de Lei nº 037/93, da Câmara de Vereadores do Município de Macapá.
O POÇO DO MATO possui importância impar para o povo amapaense, foi tema de samba enredo da Escola Jardim Felicidade no ano de 2007, por indicação do carnavalesco Carlos Pirú, e teve como samba enredo o titulo: “Poço do Mato, águas laguinenses que banharam o meu corpo e saciaram minha sede.” Era um cenário de um meio ambiente cultural até a década de setenta dos mais belos no entorno da área de ressaca do Laguinho. Pela crendice popular, em sua área de densa floresta, povoavam mitos e lendas, onde o cenário de medo predominava, com seres inimagináveis, assombrações e personagens folclóricos que se misturavam num espetáculo de magia e encantamento que fizeram parte da infância de muita gente no Amapá. Hoje totalmente desaparecido por sucessivas invasões.
Uma das principais personagens referenciais do POÇO DO MATO, foi o executor da obra que fazia parte do desenvolvimento da antiga Companhia de Água do Amapá, era o português ANTONIO PEREIRA DA COSTA, nascido em Vila Nova de Gaia-Porto-Portugal a 17 de fevereiro de 1901, e falecido em Macapá a 03 de julho de 1983.
AGRADECIMENTOS
Peço desculpas às crianças por elaborar uma coletânea dedicada às lembranças de uma amapaense saudosista, e as pessoas grandes, as memórias de PIONEIROS que esquecidos pelo poder público, e em conversas de “pé de ouvido” contaram-me preciosidades debruçando-se sobre o passado num misto de saudade e lirismo.
Dedico este exemplar a memória de IZABEL MACHADO, heroína das Ilhas paraenses, desbravadora, e MINHA MÃE, a Carlos Pirú carnavalesco e autor de uma das mais belas canções a mim ofertadas com o tema POÇO DO MATO, ao Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, um Caboco que aprendi a amar, a Juíza Sueli Pini, pela determinação com a justiça ambiental do Amapá, ao amor de um cidadão alemão MANFRED FRIEDERICH HAASE.
Estórias recontadas por Neca Machado
Mitologia Amapaense é uma coletânea de conversas com PIONEIROS residentes no Estado do Amapá, recolhidas ao longo de mais de vinte anos, onde aprendemos somente a escutar estórias, que fizeram parte de nossa infância, vividas no bairro do Laguinho, reduto de manifestações culturais expressivas, misturando lembranças de uma geração em que a importância das historias contadas por minha avó Dona Leopoldina Machado perpetuou dentro de mim, um sentimento de bairrismo com nossa raiz afrodescendente para dividirmos com as futuras gerações que não conhecem a historia do Amapá.
Tomamos um amor especial por um tema onde o POÇO DO MATO, é central, ele fica localizado no coração do bairro do Laguinho, no meio da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, no centro da cidade de Macapá, entre as ruas: General Rondon e São José, e foi declarado Monumento de interesse cultural do Estado do Amapá, através do Projeto de Lei nº 037/93, da Câmara de Vereadores do Município de Macapá.
O POÇO DO MATO possui importância impar para o povo amapaense, foi tema de samba enredo da Escola Jardim Felicidade no ano de 2007, por indicação do carnavalesco Carlos Pirú, e teve como samba enredo o titulo: “Poço do Mato, águas laguinenses que banharam o meu corpo e saciaram minha sede.” Era um cenário de um meio ambiente cultural até a década de setenta dos mais belos no entorno da área de ressaca do Laguinho. Pela crendice popular, em sua área de densa floresta, povoavam mitos e lendas, onde o cenário de medo predominava, com seres inimagináveis, assombrações e personagens folclóricos que se misturavam num espetáculo de magia e encantamento que fizeram parte da infância de muita gente no Amapá. Hoje totalmente desaparecido por sucessivas invasões.
Uma das principais personagens referenciais do POÇO DO MATO, foi o executor da obra que fazia parte do desenvolvimento da antiga Companhia de Água do Amapá, era o português ANTONIO PEREIRA DA COSTA, nascido em Vila Nova de Gaia-Porto-Portugal a 17 de fevereiro de 1901, e falecido em Macapá a 03 de julho de 1983.
AGRADECIMENTOS
Peço desculpas às crianças por elaborar uma coletânea dedicada às lembranças de uma amapaense saudosista, e as pessoas grandes, as memórias de PIONEIROS que esquecidos pelo poder público, e em conversas de “pé de ouvido” contaram-me preciosidades debruçando-se sobre o passado num misto de saudade e lirismo.
Dedico este exemplar a memória de IZABEL MACHADO, heroína das Ilhas paraenses, desbravadora, e MINHA MÃE, a Carlos Pirú carnavalesco e autor de uma das mais belas canções a mim ofertadas com o tema POÇO DO MATO, ao Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, um Caboco que aprendi a amar, a Juíza Sueli Pini, pela determinação com a justiça ambiental do Amapá, ao amor de um cidadão alemão MANFRED FRIEDERICH HAASE.
BIOGRAFIA
NECA POR NECA MACHADO
Considero-me uma amapaense Bairrista por amar minha raiz, nasci em 05 de agosto de 1961, na cidade de Macapá, estado do Amapá. (Estou desencarnando...)
Os antigos cablocos tinham por habito olhar no calendário ao registrar seus filhos o dia do santo. E lá fui eu batizada com o nome de Nossa Senhora das Neves, Chamo-me então Neves, aos pouco minha mãe soberba com uma menina negra de olhos da cor de mel, chamou em sua ousadia de boneca, com o passar dos anos restou NECA, assumi o pseudônimo de NECA MACHADO.
Sou irrequieta, não me contentei com a miséria e nem com a ignorância, não tenho o habito de ter MEDO, considero-me CORAJOSA. Busquei conhecer a administração e em Belém do Pará formei-me em bacharel em administração de empresas geral, depois licenciei-me plena em pedagogia pela Universidade Federal do Amapá, sou especialista em educação com base tecnológica pela Faculdade Seama em parceria com a Secretaria de Educação do Amapá, sou pós graduada em ensino profissionalizante e com a mesma inquietude de amar a historia do Poço do Mato, fui a academia mais uma vez especializar-me em Direito Ambiental.
Incomodei muitos medíocres ao tornar-me jornalista colaboradora com mais de 2000 (duas mil) publicações entre artigos, contos, e crônicas.
Depois de mais de quarenta anos deixei a Igreja católica para acreditar no espiritismo, considero-me uma mulher alem do normal, tenho uma sensibilidade à flor da pele, muitas habilidades, mas não sou especial, sou alguém com algo sobrenatural, e por isso deixarei as futuras gerações um pouco de minhas habilidades, quer nas artes plásticas, quer na literatura.
Simplesmente! Neca por Neca Machado
Em; Março de 2009.
Considero-me uma amapaense Bairrista por amar minha raiz, nasci em 05 de agosto de 1961, na cidade de Macapá, estado do Amapá. (Estou desencarnando...)
Os antigos cablocos tinham por habito olhar no calendário ao registrar seus filhos o dia do santo. E lá fui eu batizada com o nome de Nossa Senhora das Neves, Chamo-me então Neves, aos pouco minha mãe soberba com uma menina negra de olhos da cor de mel, chamou em sua ousadia de boneca, com o passar dos anos restou NECA, assumi o pseudônimo de NECA MACHADO.
Sou irrequieta, não me contentei com a miséria e nem com a ignorância, não tenho o habito de ter MEDO, considero-me CORAJOSA. Busquei conhecer a administração e em Belém do Pará formei-me em bacharel em administração de empresas geral, depois licenciei-me plena em pedagogia pela Universidade Federal do Amapá, sou especialista em educação com base tecnológica pela Faculdade Seama em parceria com a Secretaria de Educação do Amapá, sou pós graduada em ensino profissionalizante e com a mesma inquietude de amar a historia do Poço do Mato, fui a academia mais uma vez especializar-me em Direito Ambiental.
Incomodei muitos medíocres ao tornar-me jornalista colaboradora com mais de 2000 (duas mil) publicações entre artigos, contos, e crônicas.
Depois de mais de quarenta anos deixei a Igreja católica para acreditar no espiritismo, considero-me uma mulher alem do normal, tenho uma sensibilidade à flor da pele, muitas habilidades, mas não sou especial, sou alguém com algo sobrenatural, e por isso deixarei as futuras gerações um pouco de minhas habilidades, quer nas artes plásticas, quer na literatura.
Simplesmente! Neca por Neca Machado
Em; Março de 2009.
sábado, 6 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
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