POÇO DO MATO EM 1990

POÇO DO MATO EM 1990
TODAS AS FOTOS SÃO DA NECA MACHADO e possuem direitos autorais

terça-feira, 9 de novembro de 2010

LIVRO

MITOLOGIA AMAPAENSE
Estórias recontadas por Neca Machado


Mitologia Amapaense é uma coletânea de conversas com PIONEIROS residentes no Estado do Amapá, recolhidas ao longo de mais de vinte anos, onde aprendemos somente a escutar estórias, que fizeram parte de nossa infância, vividas no bairro do Laguinho, reduto de manifestações culturais expressivas, misturando lembranças de uma geração em que a importância das historias contadas por minha avó Dona Leopoldina Machado perpetuou dentro de mim, um sentimento de bairrismo com nossa raiz afrodescendente para dividirmos com as futuras gerações que não conhecem a historia do Amapá.

Tomamos um amor especial por um tema onde o POÇO DO MATO, é central, ele fica localizado no coração do bairro do Laguinho, no meio da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, no centro da cidade de Macapá, entre as ruas: General Rondon e São José, e foi declarado Monumento de interesse cultural do Estado do Amapá, através do Projeto de Lei nº 037/93, da Câmara de Vereadores do Município de Macapá.
O POÇO DO MATO possui importância impar para o povo amapaense, foi tema de samba enredo da Escola Jardim Felicidade no ano de 2007, por indicação do carnavalesco Carlos Pirú, e teve como samba enredo o titulo: “Poço do Mato, águas laguinenses que banharam o meu corpo e saciaram minha sede.” Era um cenário de um meio ambiente cultural até a década de setenta dos mais belos no entorno da área de ressaca do Laguinho. Pela crendice popular, em sua área de densa floresta, povoavam mitos e lendas, onde o cenário de medo predominava, com seres inimagináveis, assombrações e personagens folclóricos que se misturavam num espetáculo de magia e encantamento que fizeram parte da infância de muita gente no Amapá. Hoje totalmente desaparecido por sucessivas invasões.
Uma das principais personagens referenciais do POÇO DO MATO, foi o executor da obra que fazia parte do desenvolvimento da antiga Companhia de Água do Amapá, era o português ANTONIO PEREIRA DA COSTA, nascido em Vila Nova de Gaia-Porto-Portugal a 17 de fevereiro de 1901, e falecido em Macapá a 03 de julho de 1983.
AGRADECIMENTOS







Peço desculpas às crianças por elaborar uma coletânea dedicada às lembranças de uma amapaense saudosista, e as pessoas grandes, as memórias de PIONEIROS que esquecidos pelo poder público, e em conversas de “pé de ouvido” contaram-me preciosidades debruçando-se sobre o passado num misto de saudade e lirismo.






Dedico este exemplar a memória de IZABEL MACHADO, heroína das Ilhas paraenses, desbravadora, e MINHA MÃE, a Carlos Pirú carnavalesco e autor de uma das mais belas canções a mim ofertadas com o tema POÇO DO MATO, ao Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, um Caboco que aprendi a amar, a Juíza Sueli Pini, pela determinação com a justiça ambiental do Amapá, ao amor de um cidadão alemão MANFRED FRIEDERICH HAASE.